11 de jun. de 2014

No semiárido, a convivência com a seca

No semiárido nordestino, o trato da seca vem mudando ao longo dos últimos anos. Se antes a população combatia o fenômeno, agora se vê diante de uma nova proposta política: a convivência com a seca. Há oito anos, Aparecida dos Santos recebeu uma cisterna para armazenar água em sua residência. Até então, era preciso andar cerca de três quilômetros para buscar água para ela e os quatro filhos. Aos 39 anos, Aparecida lembra que a infância inteira foi assim na cidade de Ipirá, na Bahia, a cerca de 200 quilômetros de Salvador: "A gente ia buscar água de bode, como a gente chama. É água barrenta, que a gente tinha que filtrar e ferver. Mas esse era o jeito: pegar água com balde e voltar carregando na cabeça", diz ela.

Fonte: Carta Capital, 10/06/2014


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